A MG Info atua em projetos desafiadores, de diferentes lugares do mundo, conectando conhecimento com parcerias duradouras. Temos um ambiente colaborativo, plural e composto por pessoas motivadas pelo desenvolvimento profissional baseado no respeito, compartilhamento e atuação de alta performance.
Rômulo Ricci, nosso scrum master, é como uma peça-chave do motor da MG Info. Com mais de 30 anos de experiência em gestão de equipes de TI e passagem por diversas empresas, ele atua no papel de garantir uma entrega centrada na adequação cultural, flexibilidade e valor de nossos clientes.
Em nosso bate-papo, ele fala sobre as suas inspirações, as mudanças no universo da gestão de projetos de TI impulsionadas pela transformação digital, e os caminhos possíveis para inovar frente a oportunidades e desafios. Confira:
- Como o Rômulo Ricci se define em características marcantes?
Harleyro (participa de um clube de motociclistas apaixonados por Harley Davidson), roqueiro, atleticano (não doente), aventureiro e amante da natureza. Um eterno otimista e pilhado (sempre).
- Na MG Info, você é muito respeitado e citado como uma referência. Compartilhe um pouco da sua jornada. Você sempre atuou na área de tecnologia?
Referência só por causa da idade (risos)? Ano que vem fará 40 anos do meu 1º curso de programação Cobol. De lá para cá, vi muitas mudanças desde o jurássico CPD com processamento de dados, tecnologia da informação e a atual transformação digital.
No início, nós que trabalhávamos nessa área, construímos “tayloristicamente” sistemas que a média gerência definia para operacionalizar as transações da empresa. Essa foi a época da reengenharia de processos, racionalizando e, consequentemente, automatizando tudo.
Éramos conhecidos como aqueles “caras” que trabalhavam muito, ninguém entendia o que falávamos e que eram muito bem remunerados. Aqui em Minas Gerais somente a Faculdade Federal tinha um curso de computação, mas muito mais científico do que prático no mundo corporativo.
Depois, veio a era dos ERP´s. Nessa época, já não valia mais a pena “construir” seu próprio processo, pois a proposta era ter desenhos robustos e parametrizáveis de rotinas corporativas, a exemplo do contas a pagar/receber, contabilidade, RH, suprimentos e outros.
Essa foi a época de ouro do SAP (sistema de gestão empresarial). A onda não era otimizar processo e sim mudar a empresa, a fim de adaptá-la para o processos predefinidos pelos “ases” mundiais dos conceitos sobre business e processos de cada área, tais como: custo ABC, cadeia de suprimentos, planejamento produção etc.
Aprendi que é muito mais difícil mudar a empresa (processos, controles e gestão) do que desenvolver sistemas adequados aos processos (controles e gestão) já utilizados na empresa.
E, finalmente, chegamos ao novo milênio, principalmente na segunda década, com a famigerada transformação digital. Agora, a parte mais complicada é redirecionar a mentalidade das pessoas para quase tudo do seu próprio dia a dia: percepções, interações, processos, retroalimentação, sustentabilidade, novas tecnologias, inovação, diversidade, autogestão e, também, a felicidade. Sim, felicidade é uma palavra que está começando a ser abordada no mundo corporativo.
Tudo nessa história é só para responder o questionamento “quando entrei para o mundo de dados?”. Desde o início, os dados estavam lá sendo capturados, armazenados, acumulados, agrupados e exibidos (entrada/processo/saída). E desde sempre tivemos níveis diferentes de atenção sobre os dados, sendo o operacional (transações diárias), o tático (controle das operações) e o estratégico (gestão e planejamento).
No final do milênio passado, especificamente em 1998, eu gerenciava um projeto de downsizing no banco BDMG. Nesta ocasião, fizemos a nossa primeira prova de conceito do que seria um data warehouse, utilizando a ferramenta OLAP Microstrategy e as cargas via programação Delphi (nessa época, as ferramentas de BI custavam uma pequena fortuna).
A curiosidade é que, em 2008, num projeto da Vallourec, entrei para o mundo ERP através do BW, que é justamente o data warehouse da SAP, e assim permaneci por quase uma década.
- Vendo essa jornada, é impossível não questionar: como se adaptar às mudanças no curto espaço de tempo em que elas acontecem?
Há algum tempo eu vi um vídeo do Steve Jobs discursando em Stanford em que ele fala sobre “ligar os pontos”. Inclusive recomendo que assistam.
Pois bem, hoje eu tenho a mesma sensação que tive quando fui apaixonado por lutas marciais – pratiquei judô, karatê, taekwondo e krav maga. Eu sempre admirei o mestre do kung fu, Bruce Lee. No dia que eu entendi o pensamento dele em ser como a água, nunca mais fui a mesma pessoa.
“Não se coloque dentro de uma forma, se adapte e construa sua própria e deixa-a expandir, como a água. Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água numa garrafa ela se torna a garrafa. A água pode fluir ou pode colidir. Seja água, meu amigo.” Bruce Lee
- Em sua perspectiva, há relação entre a cultura corporativa e a transformação digital vivida pelos negócios?
A cultura corporativa sempre existiu e existirá, umas melhores, outras talvez nem tanto. Mas, quanto mais enraizada ela for, mais fáceis serão as decisões a serem tomadas na empresa e a garantia da sua perenidade. O livro “Empresas feitas para durar”, de J. Collins e J. Porras, demonstra que o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso das empresas centenárias é, justamente, a existência de uma cultura forte corporativa, em que, até mesmo em suas piores crises, seus valores são mantidos e ajudam a superar as dificuldades, ao contrário das que sucumbem diante da adversidade e acabam sendo extintas.
Já sobre a transformação digital, acredito que está mais direcionada à experiência do cliente, em tomar decisões baseadas em dados e no mindset dos colaboradores. Junto a esses pilares, vamos acondicionando Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), analytics/big data, realidade virtual, inovação etc.
Concluindo: acredito que a cultura abrange valores essenciais que nunca deveriam mudar e a transformação digital é uma adaptação às mudanças comportamentais e tecnológicas do mundo moderno.
- Quem te inspira na vida e na profissão?
Eu acredito mais em transpiração do que em inspiração, risos. Mas me inspira o amanhecer na praia, andar com a motocicleta numa estrada vazia escutando AC/DC. Acho que se empodera muito as expectativas sobre o que chamamos de “viver”. Às vezes assistir a um bom filme ou ver uma boa ação de um desconhecido, essas coisas simples e reais me comovem e solidificam mais meus valores, permitindo seguir em frente, sem arrependimentos.
Na profissão, tem uma coisa que me inspira muito: o resultado! Na verdade, não por ele ser o objetivo final a ser alcançado, mas por ser a maior expressão de todo um processo já percorrido.
- Você está à frente de um time de alta performance que atende um dos clientes mais importantes da empresa. Como você enxerga seu papel hoje?
Vejo da mesma forma que qualquer outro colaborador: contribuir todos os dias para fazermos entregas consistentes, de alto valor para o cliente, com a qualidade adequada. E, se ainda puder fazer um dia melhor para um colega, fica tudo de bom! 😊
- A tribo Data Trek é hoje a identidade do time da MG Info que atende a empresa VLI Logística. Como ela surgiu e qual o seu propósito?
A ideia foi criar algo que se tornasse uma identidade, pois a equipe estava crescendo muito rapidamente e era importante continuarmos agindo, produzindo e sendo realmente um time. Dessa forma, poderíamos maximizar a sensação de pertencer e garantir maior colaboração e disseminação do conhecimento já adquirido pela equipe veterana, mantendo o padrão de qualidade compatível com as expectativas do cliente.
- Dizem que “agilidade não é sobre velocidade”. Você concorda? Seria sobre o que, então?
Como objetivo final não é mesmo, mas não seria inverdade dizer que a maturidade neste processo ágil poderá melhorar o desempenho da equipe e a frequência das entregas. Acredito que o “ágil” seja mais sobre um conjunto de ferramentas que podem ser utilizadas por um determinado grupo para conduzir um trabalho. O que vem de diferente nesse embrulho (caixa de ferramenta) é a maneira de utilizá-las: de forma colaborativa, adaptativa, com coragem, simplicidade, respeito, autonomia, responsabilidade, empatia, senso de urgência, pragmatismo, motivação, autogestão e com a visão de entrega de valor para o cliente.
- A MG Info entrega histórias valiosas para seus clientes?
Acho que a resposta anterior também serve para essa questão, risos.
Veja bem, a empresa quase dobrou de equipe em um ano. Isso significa que nossos clientes estão gostando do que estão recebendo. Portanto, sim, nossas entregas são consideradas valiosas por eles.
- E quais são os desafios para a manutenção dessa narrativa de valor?
Retorno ao tema já trazido aqui: uma cultura corporativa forte e enraizada.
- Na sua visão, que resultados, na prática, dão consistência para a afirmação da MG Info ser especialista em dados?
O insumo primário para executar nosso trabalho são os dados.
Atualmente, nosso crescimento demonstra o êxito em nossas entregas. A empresa continua crescendo e precisamos documentar nossa forma de produzir, replicá-la, medi-la e melhorá-la sempre, para que cada vez mais o mercado reconheça em nós a melhor opção no Brasil, por enquanto, para popularizar os dados corporativos.
- Que diferenciais você destacaria na atuação MG Info em relação a outras empresas que também atuam com essa premissa?
Antes de ser um colaborador da MG INFO eu fui cliente dela durante três anos pelo banco OLÉ e parceiros pela 3MW. Sempre me surpreendeu a qualidade do time da empresa. Teve até uma época que cheguei a contratar algumas pessoas desse time porque ficamos muito dependentes delas.
Uma coisa é certa: se você está lendo isto agora é porque passou por um processo de seleção eficiente onde enxergaram em você um potencial muito maior do que escrever programas para armazenar e exibir dados. Tem muita expectativa depositada na sua conta!
- Compartilhe um conselho ou dica para uma pessoa que, assim como você, gostaria de se manter relevante e atualizada na área onde atua.
Comece seu dia arrumando a própria cama onde dormiu. Você se sentirá recompensado por já cumprir com sua primeira tarefa do dia.
Repita isso até se deitar à noite, fazendo sempre o que deve ser feito. No dia seguinte, comece tudo novamente. Se algo der errado no seu dia, entre acordar e dormir, pelo menos você saberá que começou bem o dia e que, depois disso, fez o seu melhor.