Nos últimos anos, o avanço tecnológico e a interação do usuário com diversos sistemas de informação passaram a gerar uma massa de dados de crescimento exponencial nas organizações.
Os dados, então, começaram a chamar atenção e a serem identificados como grandes apoiadores da tomada de decisão. Mas para isso, seria necessário que eles passassem a ser organizados e estruturados de forma a proporcionar qualidade às suas análises. Com isso, surgiu o conceito de Governança de Dados, que se baseia em uma gestão dos processos, políticas, metodologias, pessoas e tecnologias que visa administrar os ativos de informação, ou seja, os dados, objetivando a eficiência operacional, tomada de decisão, rentabilidade do negócio, segurança e transparência.
A Governança de Dados administra e define os pontos mais relevantes para uma organização, os processos e atividades prioritários e as pessoas que devem garantir que os dados sejam inseridos e estruturados corretamente. Só assim, eles podem ser utilizados na tomada de decisão, seja ela por meio de ferramentas ou análises específicas.
As pessoas envolvidas devem estar sempre engajadas e atentas à qualidade dos dados que são incorporados nos bancos de dados. Consolidando, assim, uma cobertura sobre os setores que participam ativamente dos processos, do setor com maior influência para o negócio e maior rentabilidade até aquele de menor influência, mas que pode apoiar outros setores a alcançarem seus objetivos.
A boa execução de uma Governança de Dados bem definida pode garantir à empresa uma base sólida e arquitetura e estrutura de dados qualificados que, ao serem consultados, podem, por exemplo, auxiliar na gestão, no planejamento estratégico, em auditorias e na produção de relatórios confiáveis. Já uma Governança de Dados, cujas pessoas e processos envolvidos são mal definidos, pode gerar uma inconsistência dos dados que pode atrapalhar os objetivos da organização.
Após a definição das pessoas envolvidas na Governança de Dados, é analisado o cenário da organização, identificando quais recursos e qual o nível de aprofundamento das informações serão necessários para se alcançar as metas e objetivos traçados pela alta administração. Logo, é desenvolvida a estratégia para a gestão da informação, alinhada aos objetivos e metas para os próximos anos.
Nesse momento, é aconselhável que se identifique quais os setores, dados e informações são cruciais, ou seja, que geram maior retorno para a organização. Devem ser definidos também os riscos da implementação desse processo, pois nos dias atuais as empresas passam por mudanças constantes, cabendo à Governança de Dados estar preparada para se adaptar, em curto prazo, à essas mudanças.
Em 2010, surgiu o DAMA Brasil (Data Management Association), que, baseando-se nos conceitos internacionais de Governança de Dados, guia a gestão e qualidade de Dados, entre elas o DMBOK, conjunto de normas e padrões sobre Governança, que traz as diretrizes para uma boa Governança de Dados em organizações.
Um caso de sucesso é o da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, que conseguiu, através da Governança de Dados, institucionalizar o Business Intelligence, acelerar a criação de insights sobre as informações da instituição, introduzir uma variedade maior de informações relevantes em painéis e minimizar o custo de tempo operacional.
A Governança de Dados é um conjunto de processos que se bem definidos e com as pessoas certas envolvidas garantem grandes e relevantes ganhos para a organização